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MESA 2

Mudanças ambientais globais e dinâmicas territoriais

DATA: 11 de novembro

HORÁRIO: 16h00 – 17h30

MEDIADOR: Profa. Dra. Sônia Regina da Cal Seixas

MEMBROS: Amasa Ferreira Carvalho, Daniela Barbosa da Silva Lins, Janaina Welle, Jaqueline Nichi, José Diego Gobbo Alves, Marcelo Rezende Calça Soeira, Marcos Rogério Pereira, Moara Almeida Canova Teixeira, Niklas Werner Weins, Raissa Resende de Moraes, Vagner Charles

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Cada membro terá no máximo 06 minutos para apresentar sua reflexões

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RESUMO:

     Nas últimas décadas constituiu-se um intenso debate sobre os impactos da ação humana sobre as mudanças no clima. O tema extrapolou o meio científico e especializado para as esferas política e econômica, envolvendo uma diversidade de novos atores sociais. Este contexto evidenciou a distância entre o conhecimento baseado em fatos das tomadas de decisão políticas e econômicas, incluindo o surgimento de um novo grupo social conhecido como ‘céticos das mudanças climáticas’. O tema das mudanças ambientais, que também engloba as mudanças climáticas, ganhou força a partir dos estudos na década de 2000, com o surgimento de evidências para o que ficou conhecido como a ‘Grande Aceleração’, um período que inicia em 1950 tendo o consumo de combustíveis fósseis, conversão de terras para a agricultura e crescimento populacional e urbano como os principais estímulos às mudanças ambientais recentes. A esse período, o químico Paul Crutzen popularizou o termo ‘Antropoceno’, entendido como uma nova época geológica regida por mudanças no planeta resultantes da ação humana. 

          No entanto, há que se fazer juz aos movimentos da sociedade civil e científica dos anos 1980 e 1990, que levaram a mudanças na governança ambiental global, como o Protocolo de Montreal (1987) para combater substâncias que empobrecem a camada de ozônio. Dentre as mudanças ambientais globais, são aquelas relacionadas ao uso da terra que mais causam a liberação de gases de efeito estufa e levam à perda e fragmentação de habitats ao redor do mundo. Aqui, o desmatamento e a conversão de ecossistemas para o uso e produção agrícola são as práticas mais comuns. Não menos importante, as cidades e, especialmente, os grandes centros urbanos, emergem como importantes produtores de cargas excessivas de lixo e poluição do ar e dos recursos hídricos, dada a ainda discrepante distância entre produção desses resíduos e seu correto  tratamento. No Brasil, apenas cerca de 38% dos esgotos são tratados e a reciclagem corresponde a apenas 3% do potencial nacional. Esgotos despejados diretamente no ambiente causam problemas sistêmicos, afetando a vida aquática, a qualidade da água e a saúde das populações e animais que dela dependem. A reciclagem não apenas gera renda e emprego, mas aumenta o tempo de vida dos aterros sanitários, além de reduzir a pressão sobre a exploração dos recursos naturais. Diante deste cenário, reconhecemos que as mudanças ambientais e climáticas se manifestam em diferentes escalas, do local ao global, com efeitos que ultrapassam as fronteiras políticas e com seus efeitos negativos que afetam os mais vulneráveis. O momento exige uma compreensão profunda dos processos e variáveis que impulsionam as mudanças ambientais, tendo como premissa o conhecimento científico e o debate público. A participação social e uma agenda política positiva que integre o meio ambiente e a sociedade são imprescindíveis para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos e estimular comportamentos mais compatíveis com os limites planetários.

 

Objetivo: Esta mesa temática sobre mudanças ambientais globais e climáticas procura debater as diferentes perspectivas sobre causas, processos e variáveis relacionados ao impacto ambiental e do clima em nível local e global observadas, sobretudo, a partir do período da ‘Grande Aceleração’. As consequências na vida humana, na paisagem, no patrimônio, na saúde e no debate público, político e econômico, englobam os temas das pesquisas deste grupo de trabalhos.

 

Perguntas norteadoras

 

As reflexões devem partir das próprias pesquisas em andamento no Doutorado em Ambiente & Sociedade sendo articuladas pelas questões norteadoras a seguir:

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1. Quais são os principais processos e variáveis relacionados às mudanças ambientais em curso e como essas forças podem ser reorganizadas/combatidas de modo a desacelerar essas mudanças?

 

2. Dentre as evidências de processos de recuperação ambiental em diferentes escalas, quais são os        mecanismos que têm favorecido tais processos?

 

3. Quais são os nexos interdisciplinares possíveis para refletirmos sobre as relações entre as dinâmicas territoriais, humanas/sociais e mudanças ambientais? O que podemos aprender e apreender dessas inter-relações?

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