top of page

MESA 3

Agricultura, produção alimentar e resiliência de sistemas socioambientais

DATA: 18 de novembro

HORÁRIO: 14h15 – 15h45

MEDIADOR: Prof. Dr. Jurandir Zullo Junior

MEMBROS: Clarissa Fernandes Bulhão, Dario Rocha Falcon, Eliane Raissa Ribeiro Silva, Gabriela Silva Santa Rosa Macêdo, Guilherme de Sousa Lobo, Henrique Simões de Carvalho Costa, Kelly Elaine dos Santos Oliveira, Luis Fernando de Freitas Penteado, Luiz Gustavo Lovato Marina Eduarte Pereira, Renan Pfister Maçorano

​

Cada membro terá no máximo 06 minutos para apresentar sua reflexões.

​

RESUMO:

​

       Uma das interfaces entre ambiente e sociedade presente nas discussões do programa e nas agendas de pesquisa está voltada para as investigações em relação à agricultura e seus desdobramentos na produção alimentar. Esses elementos são aspectos importantes para as reflexões sobre manutenção, melhoramento, aprendizagem e dinâmicas de uso e ocupação da terra. Neste sentido, são tratadas abordagens distintas que apontam para formas de atuação vinculadas à produção alimentar e aos modos de cultivo e à rede de atores do setor para compreender quais são suas dinâmicas e interesses e como se organizam e cooperam nesses espaços.

       O Brasil, reconhecido internacionalmente pelo status de potência agrícola, faz o agronegócio baseado na exportação de commodities ter uma participação positiva na balança comercial e no crescimento econômico interno. A esse modelo também não faltam críticas e fatos para evidenciar os processos de degradação ambiental decorrentes. Ainda assim, o Brasil possui um desenvolvido setor de produção agrícola com base na pequena propriedade rural, na agricultura familiar, além das múltiplas iniciativas de modos de produção alimentar de menor impacto, como a produção orgânica e a agroecológica, além dos conflitos com as atividades de pesca. O sistema alimentar afeta a todos e sua resiliência diz respeito a perturbações causadas por políticas micro e macro econômicas (ex., desvalorização do Real), além dos fatores de produção, como o clima, que afetam o acesso aos alimentos pela população. Já para a dimensão dos meios de produção alimentar e de subsistência econômica, há o impacto de perturbações exógenas como de subsídio ao crédito rural ou uma normativa para regulamentar a atividade de exploração de recursos em uma área protegida, que pode criar mudanças no estado de equilíbrio dinâmico daquele sistema, sendo a resiliência a sua capacidade de acomodar aquela perturbação, seguir em frente e retornar ao seu  estado anterior. Essas dinâmicas de perturbação e estados de equilíbrio dos sistemas têm potencial de afetar a segurança alimentar e, muitas vezes, o direito de acesso a recursos por povos e populações tradicionais. 

​

Objetivo: Pretende-se fomentar os debates à luz de diferentes teorias e aprofundar os conceitos com os quais são abordados os temas correlatos às dimensões e às relações humano e não-humano e de que modo implicam em cenários futuros, ampliando os horizontes em torno do melhoramento dos espaços, bem como o aprimoramento de técnicas e ferramentas. Além disso, ampliar a compreensão do papel da resiliência em sistemas socioambientais (socioecológicos) na manutenção da produção de alimentos e na segurança alimentar. Com isso, nossa proposta é debater as dimensões que são importantes para o aumento da resiliência e da capacidade adaptativa dos sistemas frente às mudanças ambientais e sobre contextos políticos desfavoráveis.

 

Perguntas norteadoras

​

As reflexões devem partir das próprias pesquisas em andamento no Doutorado em Ambiente & Sociedade sendo articuladas pelas questões norteadoras a seguir:

  1. Quais são os principais desafios da produção de alimentos tendo como horizonte as mudanças ambientais e as dinâmicas populacionais?

  2. Como a resiliência dos sistemas socioambientais pode contribuir para a segurança alimentar e o enfrentamento das mudanças ambientais?

  3. De que forma a produção de alimentos pode ser pensada em um contexto de globalização?

  4. De que forma o sistema global de fluxos do agronegócio afeta as relações ser humano-natureza como, por exemplo, o caso das zoonoses como a Covid-19?

  5. Como fazer com que as pessoas, individualmente, e os gestores, públicos e privados, tomem decisões que efetivamente aumentem a resiliência e a capacidade adaptativa dos sistemas frente às mudanças ambientais?

bottom of page