DATA: 18 de novembro

HORÁRIO: 16h00 – 17h30

MEDIADOR: Profa. Dra. Lúcia da Costa Ferreira

MEMBROS: Ana Paula Leal Pinheiro Cruz, Bianca de Jesús Silva, Carolina dos Santos Daher, Caroline Malagutti Fassina, Cristina Isis Buck Silva, Edson Pereira de Souza Leão Neto, Felipe Barbosa Bertuluci, Francisco Alcicley Vasconcelos Andrade, Januária Pereira Mello, Marcela Paschoal Perpetuo, Tiago Juliano.

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Cada membro terá no máximo 06 minutos para apresentar sua reflexões.

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RESUMO:

        A crise ambiental global trouxe novos contornos nos modos de viver, experienciar e interpretar as relações socioambientais contemporâneas. Sua territorialidade multiescalar conecta espaços, ecossistemas e grupos sociais em torno de riscos, perigos e impactos ambientais de diferentes ordens, intensidades e temporalidades. Surge na agenda científica a necessidade de novas epistemologias para dar conta dos complexos nexos entre ambiente e sociedade impostos pela crise ambiental, bem como suas reverberações político-institucionais no que tange à apropriação e gestão dos recursos naturais.

            A ideia de sustentabilidade - aqui entendida como um híbrido de propostas científicas e não-científicas que visam atenuar os passivos socioambientais advindos da apropriação e uso exacerbado dos recursos naturais na modernidade e, sobretudo, em seu estágio contemporâneo - possibilita a discussão sobre a necessidade da valoração e da criação de espaços de interface com os serviços ecossistêmicos. Isto é, tendo em vista que os processos ecológicos atuam em diferentes escalas espaciais e temporais, é urgente pensar sobre como tais processos, para além da ideia de prestação de serviço para a humanidade, constituem-se como parte de uma ontologia socioambiental, sendo vital a incorporação das dimensões da sustentabilidade para a manutenção de tais processos ecológicos.

     Empiricamente, é necessário um movimento de criação, incentivo e consolidação de iniciativas governamentais e não-governamentais comprometidas com uma efetiva gestão e manejo dos recursos naturais, da governança socioambiental e dos serviços ecossistêmicos. Tal esforço deve considerar a pluralidade de práticas de experienciação, interpretação e apropriação dos recursos naturais, de forma que seja possível a criação de um mosaico híbrido de saberes que comporão as políticas ambientais e a gestão dos recursos naturais.

 

Objetivos: Esta mesa busca concentrar as reflexões de pesquisas que abordam  a multidimensionalidade do conceito e das práticas de sustentabilidade estimuladas por relações entre os serviços ecossistêmicos e a gestão e manejo de recursos naturais de forma multiescalar. 

 

Perguntas norteadoras

As reflexões devem partir das próprias pesquisas em andamento no Doutorado em Ambiente & Sociedade sendo articuladas pelas questões a seguir: 

 

1. Quais são os nexos possíveis entre as diferentes dimensões de sustentabilidade, serviços ecossistêmicos e gestão de recursos naturais?

2. Como as iniciativas institucionais (ex: Objetivos do Desenvolvimento Sustentável) podem contribuir para o encaminhamento de uma sociedade menos dependente de combustíveis fósseis e de recursos naturais? 

3. Quais são as perspectivas sobre a exploração e conservação dos recursos naturais com o crescente aumento da população e dos atuais padrões de consumo e apropriação do ambiente? 

4. Qual é o papel da valoração dos serviços ecossistêmicos para alcançar a sustentabilidade na gestão de recursos naturais?